…entre
Cidades e entre Regiões, é tema de atualidade.
As Cidades e as Regiões concorrem entre si em várias áreas,
em especial nas que têm a ver com o desenvolvimento e o crescimento económico. Concorrência
por Investimentos privados e por criação de empregos; concorrência por fundos
europeus para alavancagem de investimentos públicos multiplicadores;
concorrência por habitantes e visitantes…
É uma competição que tem por meta criar melhorar o bem-estar
dos habitantes, fazendo o que tem que ser feito para aí chegar. Falo de atrair
atividades, empresas e produção. De as atrair e fixar, criando emprego e
riqueza. Fazendo viver as cidades e as regiões. Há as que ganham e há as que
perdem.
As ganhadoras nessa concorrência, são as que melhor se informam
e as que mais esclarecem. Informam-se para agir e para valorizar, esclarecem
para atrair e receber. Sejam Serviços, sejam Industrias, seja o que for, desde
que tragam consigo atividade, emprego e geração de riqueza.
Nas perdedoras, o que resulta é o que está à vista, logo aqui
em Tomar. Temos falhado etapas, não soubemos e continuamos sem saber utilizar
instrumentos disponíveis, e o que resulta é estagnação ou o declínio. Não temos
tido uma ideia de desenvolvimento, um polo indutor de ação e de iniciativas. O
resultado está à vista. Encerramentos de empresas, êxodo de população por
inexistência de empregos, e dificuldades para os que teimam em ficar. Cada vez
com menos atividade produtiva, e cada vez mais com empregos públicos
dependentes do debilitado orçamento do estado, o desastre mora ao lado.
Mas é claro que não basta às cidades a informação e o
esclarecimento. Para delas tirar partido, principalmente, têm que ter quem
tenha visão ambiciosa e quem as comande, tem que ser conhecido o que se quer
fazer, como e em que direção se podem desenvolver atividades e iniciativas, têm
que ser disponibilizados instrumentos e conhecidos os parceiros.
Neste caso, aguardemos que a nossa Câmara Municipal desperte.
Todavia, entre as Cidades, também é necessário haver
cooperação. Porque existem sempre sinergias possíveis em serviços públicos, e porque
existem casos e ativos cuja valorização em comum pode trazer vantagens a várias
cidades em simultâneo. Vejamos, a titulo de exemplo o caso do Castelo templário
e do Convento de Cristo. O seu potencial de atração e esfera de influência ultrapassa
Tomar e pode beneficiar toda a região da implantação original da Ordem do
Templo, de Ceras a Belmonte. A criação de rotas e percursos, de atividades e de
iniciativas, em todos os Concelhos envolvidos de modo a valorizarem e a tirarem
partido de um património histórico que lhes é comum, é disso singelo, mas bom
exemplo.
Neste caso, aguardemos que a nossa Comunidade Intermunicipal
desperte.
Na realidade, as cidades e as regiões que têm administrações
mais capazes, lideram e crescem. As outras, resignam-se e entram em decadência.
António Lourenço dos Santos
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.