APRESENTAÇÃO

“A TERRA DE QUE A GENTE GOSTA” é expressão que nos agrada. É sentida e é profunda, e é adotada como a ideia força de “TomarOpinião”.

Pretendemos oferecer críticas construtivas e diversificadas sobre os valores, as coisas e as atualidades da nossa terra, e não só. Pretendemos criar um elemento despertador de consciências e de iniciativas de cidadania, e constituir uma referência na abordagem descomprometida desses valores, dessas coisas e dessas atualidades.

Queremos, portanto, estimular o debate, de temas e de ideias, porque acreditamos que dele podem resultar dinâmicas de cidadania, que alicercem mudanças que por certo todos aspiramos.

“TomarOpinião” será um blogue de artigos de opinião e um espaço de expressão livre e responsável, diversificada e ampla.

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sábado, 5 de março de 2016

A CONCORRÊNCIA…

…entre Cidades e entre Regiões, é tema de atualidade.
As Cidades e as Regiões concorrem entre si em várias áreas, em especial nas que têm a ver com o desenvolvimento e o crescimento económico. Concorrência por Investimentos privados e por criação de empregos; concorrência por fundos europeus para alavancagem de investimentos públicos multiplicadores; concorrência por habitantes e visitantes…
É uma competição que tem por meta criar melhorar o bem-estar dos habitantes, fazendo o que tem que ser feito para aí chegar. Falo de atrair atividades, empresas e produção. De as atrair e fixar, criando emprego e riqueza. Fazendo viver as cidades e as regiões. Há as que ganham e há as que perdem.
As ganhadoras nessa concorrência, são as que melhor se informam e as que mais esclarecem. Informam-se para agir e para valorizar, esclarecem para atrair e receber. Sejam Serviços, sejam Industrias, seja o que for, desde que tragam consigo atividade, emprego e geração de riqueza.     
Nas perdedoras, o que resulta é o que está à vista, logo aqui em Tomar. Temos falhado etapas, não soubemos e continuamos sem saber utilizar instrumentos disponíveis, e o que resulta é estagnação ou o declínio. Não temos tido uma ideia de desenvolvimento, um polo indutor de ação e de iniciativas. O resultado está à vista. Encerramentos de empresas, êxodo de população por inexistência de empregos, e dificuldades para os que teimam em ficar. Cada vez com menos atividade produtiva, e cada vez mais com empregos públicos dependentes do debilitado orçamento do estado, o desastre mora ao lado.      
Mas é claro que não basta às cidades a informação e o esclarecimento. Para delas tirar partido, principalmente, têm que ter quem tenha visão ambiciosa e quem as comande, tem que ser conhecido o que se quer fazer, como e em que direção se podem desenvolver atividades e iniciativas, têm que ser disponibilizados instrumentos e conhecidos os parceiros. 
Neste caso, aguardemos que a nossa Câmara Municipal desperte.
Todavia, entre as Cidades, também é necessário haver cooperação. Porque existem sempre sinergias possíveis em serviços públicos, e porque existem casos e ativos cuja valorização em comum pode trazer vantagens a várias cidades em simultâneo. Vejamos, a titulo de exemplo o caso do Castelo templário e do Convento de Cristo. O seu potencial de atração e esfera de influência ultrapassa Tomar e pode beneficiar toda a região da implantação original da Ordem do Templo, de Ceras a Belmonte. A criação de rotas e percursos, de atividades e de iniciativas, em todos os Concelhos envolvidos de modo a valorizarem e a tirarem partido de um património histórico que lhes é comum, é disso singelo, mas bom exemplo.
Neste caso, aguardemos que a nossa Comunidade Intermunicipal desperte.          
Na realidade, as cidades e as regiões que têm administrações mais capazes, lideram e crescem. As outras, resignam-se e entram em decadência.


 António Lourenço dos Santos

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