APRESENTAÇÃO

“A TERRA DE QUE A GENTE GOSTA” é expressão que nos agrada. É sentida e é profunda, e é adotada como a ideia força de “TomarOpinião”.

Pretendemos oferecer críticas construtivas e diversificadas sobre os valores, as coisas e as atualidades da nossa terra, e não só. Pretendemos criar um elemento despertador de consciências e de iniciativas de cidadania, e constituir uma referência na abordagem descomprometida desses valores, dessas coisas e dessas atualidades.

Queremos, portanto, estimular o debate, de temas e de ideias, porque acreditamos que dele podem resultar dinâmicas de cidadania, que alicercem mudanças que por certo todos aspiramos.

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terça-feira, 1 de março de 2016

A MÍSTICA TOMAR

 A cidade de Tomar tem uma fantasia, um chamamento muito peculiar que desperta um “mix” de sensações vividas com uma intensidade marcante e muito própria. De difícil explicação, talvez, fruto de um tal esoterismo templário que nos atrai. Existe uma magia muito própria, onde a atracção está presente por quem aqui passa, e é marcado profundamente. Todos os lugares nos marcam, de uma forma ou de outra, mas Tomar é diferente.
  Um rio que leva no seu leito um passado histórico, que a natureza desenhou nos seus traços de água e verdura em volta, coube aos nossos antepassados começando por construir e erguendo lá num alto, um castelo imponente e cheio de misticismo. A cidade de Tomar é por isso um lugar diferente de todos os outros, tem um mistério próprio. Do manto chamado "Nabão", espelha-se os monumentos que confirmam a grandeza desta terra, a existência da multiplicidade de religiões e culturas que aqui esteve presente, e quantas obras e importantes individualidades por aqui passaram, e por aqui ficaram.
  Com um passado tão rico, devidamente reconhecido em todos os livros de história, é tempo de voltar a escrever novos e importantes acontecimentos, neste presente cada vez mais rápido e vivido. Como primeiro artigo, não podia deixar de referir a importância, muitas vezes esquecida que Tomar foi, é, e será sempre.
  Vamos entrar na segunda década do século XXI, Tomar apresenta-se como uma cidade amorfa, sem vida, vivendo apenas do passado, e não baseando o passado para construir um futuro promissor. O legado de Tomar é deveras importante e não deve ser desresponsabilizado de todos nós, que temos a obrigação de contribuir para que as conquistas do passado não tenham sido em vão. Não se pode banalizar o legado que aqui ficou.
  O dia da cidade é o momento ideal para refletir para onde queremos levar, o que queremos deste lugar, e que legado queremos deixar às gerações vindouras. Esta gente, esta Terra chamada Tomar que se torne um local honrado no seu passado, no seu presente e no seu futuro. Como? Inspirando cada vez mais o sentido cívico e o sentido de amor pela terra que nos acolhe.
  Por vezes, caísse na tentação de fazer diferenciação entre as gentes por aqui passam, e as gentes que nascidas aqui. A bem da verdade é preciso perceber que todos nós estamos de passagem, e os ditos “metecos” desta terra devem ser igualmente valorizados e respeitados, pois também vivem e sentem este lugar como deles. Tanto para o bem como para o mal, este lugar marca qualquer um.
  Como um jovem que ama as suas raízes e a sua terra, tenho todo o gosto em dedicar-me a temas, e a dar o meu singelo contributo, daquilo, que em minha perspetiva é importante ser discutido, e ser proposto a Tomar.
  Concluindo, em dia da cidade, a mística de Tomar seja devidamente vivida. Ela existe, ela está no quotidiano deste burgo, em cada esquina, em cada lugar, em cada personagem que conta um pouco da história por quem passa no centro histórico, e sobretudo, pelo legado que está em cada monumento com a sua devida imponência e preponderância na História de Tomar e na História deste País.   

António Pedro Costa

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