A cidade de Tomar tem uma fantasia,
um chamamento muito peculiar que desperta um “mix” de sensações vividas com uma
intensidade marcante e muito própria. De difícil explicação, talvez, fruto de
um tal esoterismo templário que nos atrai. Existe uma magia muito própria, onde
a atracção está presente por quem aqui passa, e é marcado profundamente. Todos
os lugares nos marcam, de uma forma ou de outra, mas Tomar é diferente.
Um rio que leva no seu leito um passado histórico, que a natureza
desenhou nos seus traços de água e verdura em volta, coube aos nossos
antepassados começando por construir e erguendo lá num alto, um castelo
imponente e cheio de misticismo. A cidade de Tomar é por isso um lugar
diferente de todos os outros, tem um mistério próprio. Do manto chamado
"Nabão", espelha-se os monumentos que confirmam a grandeza desta
terra, a existência da multiplicidade de religiões e culturas que aqui esteve
presente, e quantas obras e importantes individualidades por aqui passaram, e
por aqui ficaram.
Com um passado tão rico, devidamente reconhecido em todos os livros de
história, é tempo de voltar a escrever novos e importantes acontecimentos,
neste presente cada vez mais rápido e vivido. Como primeiro artigo, não podia
deixar de referir a importância, muitas vezes esquecida que Tomar foi, é, e
será sempre.
Vamos entrar na segunda década do século XXI, Tomar apresenta-se como
uma cidade amorfa, sem vida, vivendo apenas do passado, e não baseando o
passado para construir um futuro promissor. O legado de Tomar é deveras
importante e não deve ser desresponsabilizado de todos nós, que temos a obrigação de contribuir para que as
conquistas do passado não tenham sido em vão. Não se pode banalizar o legado
que aqui ficou.
O dia da cidade é o momento ideal para refletir para onde queremos
levar, o que queremos deste lugar, e que legado queremos deixar às gerações
vindouras. Esta gente, esta Terra chamada Tomar que se torne um local honrado
no seu passado, no seu presente e no seu futuro. Como? Inspirando cada vez mais
o sentido cívico e o sentido de amor pela terra que nos acolhe.
Por vezes, caísse na tentação de fazer diferenciação entre as gentes por
aqui passam, e as gentes que nascidas aqui. A bem da verdade é preciso perceber
que todos nós estamos de passagem, e os ditos “metecos” desta terra devem ser
igualmente valorizados e respeitados, pois também vivem e sentem este lugar
como deles. Tanto para o bem como para o mal, este lugar marca qualquer um.
Como um jovem que ama as suas raízes e a sua terra, tenho todo o gosto
em dedicar-me a temas, e a dar o meu singelo contributo, daquilo, que em minha perspetiva
é importante ser discutido, e ser proposto a Tomar.
Concluindo, em dia da cidade, a mística de Tomar seja
devidamente vivida. Ela existe, ela está no quotidiano deste burgo, em
cada esquina, em cada lugar, em cada personagem que conta um pouco da história
por quem passa no centro histórico, e sobretudo, pelo legado que está em cada
monumento com a sua devida imponência e preponderância na História de Tomar e
na História deste País.
António Pedro Costa
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