APRESENTAÇÃO

“A TERRA DE QUE A GENTE GOSTA” é expressão que nos agrada. É sentida e é profunda, e é adotada como a ideia força de “TomarOpinião”.

Pretendemos oferecer críticas construtivas e diversificadas sobre os valores, as coisas e as atualidades da nossa terra, e não só. Pretendemos criar um elemento despertador de consciências e de iniciativas de cidadania, e constituir uma referência na abordagem descomprometida desses valores, dessas coisas e dessas atualidades.

Queremos, portanto, estimular o debate, de temas e de ideias, porque acreditamos que dele podem resultar dinâmicas de cidadania, que alicercem mudanças que por certo todos aspiramos.

“TomarOpinião” será um blogue de artigos de opinião e um espaço de expressão livre e responsável, diversificada e ampla.

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terça-feira, 1 de março de 2016

ASSIM VAI A COISA

“Deixá-los trabalhá-los”
            Calou bem fundo na artéria aorta dos tomarenses a arenga da senhora presidente da dona câmara, segundo a qual gangrenava muita inveja no reino nabantino porque o executivo autárquico estava a trabalhar. A trabalhar a sério, quase todos os dias. Podendo esse facto ser comprovado com o cheiro a suor que tresanda na Praça da República. Pelo menos da parte de cima. Tanto que, olarila, o executivo participou na greve em defesa da reposição das 35 horas semanais aos funcionários públicos.
            Exemplo da trabalhadeira da nossa edil, o facto de ter participado no Carnaval linhaceirense. À pergunta de como foi mascarada, a resposta foi óbvia:
            - Fui disfarçada de presidente da câmara.
          
            Uma bomba no insucesso escolar
            Mas não só o executivo autárquico se esfalfa. Por excesso de trabalho, a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo viu-se na necessidade de contratar um ex-ministro da educação com o objectivo de, espingarda às costas, desenvolver um intrépido combate ao insucesso e abandono escolar. O contrato implica o generoso pagamento de cerca de 2 mil euros por mês, pelo menos até que todo o pessoal aprenda a ler sem ser com a língua a morder o lábio. Que não falte a coragem ao ex-governante são os nossos mais sinceros desideratos.
            Consta que a mesma Comunidade vai contratar outros ex-ministros com o objectivo de aprofundar até às calendas temas de excepcional relevância, a saber:
            - Estudo do aparelho reprodutor das lampreias.
            - Estudo da influência dos barbos e bogas na indústria de panificação.
            - Profundas e acérrimas acções de formação sobre o depauperado acordo ortográfico, nomeadamente se Tomar deve continuar a escrever-se com letra grande, ou, dado o decréscimo da sua importância, se deve adoptar letra pequena.
            Até que desapareça.

            Vamos lá pôr a escrita em dia
            Exemplo da trabalheira da dona câmara, o executivo vai deliberar sobre a efectiva data de nascimento dos bombeiros, do castelo de Tomar e da chegada das primeiras andorinhas à cidade.
            A fim de não falhar nem um segundo, está bem, está, para essa deliberação o executivo contou com a prestimosa colaboração do arquivo morto dos serviços de notariado e afins. Como exemplo de infalibilidade, propõe-se ainda a dona câmara oficializar a data em que faleceu o arquivo morto.
          
            Estratégia secreta
            Queixam-se alguns munícipes que as suas ruas estão sujas, sujinhas de todo. Estão enganadas essas gentes, assim com as outras. Este alegado desmazelo deve-se ao facto da dona câmara estar a desenvolver de forma secreta uma estratégia, ou mesmo duas, no sentido de regredir toda a cidade ao nível da idade média, evocando o reino dos Templários, tendo com referência o emblemático Flecheiro. Serão apoiados os acampamentos, feiras e mercados medievais, em vez do TUT, o TUB, Transporte Urbano de Burro, assim como carroças puxadas por mulas, anda ruça, executivo visitando a plebe montado nos seus galhardos cavalos.
            Nos secretismos camarários é conhecido como o projecto “Antanho”.
                      
             Casas de banho públicas nos cafés
            Já implementada por anteriores executivos, estratégia original é a dona câmara manter as casas de banho públicas encerradas como forma de apoio aos cafés locais. Isto porque, na falta de sanitários à mão, assim como às outras partes, os visitantes têm de recorrer ao WC dos cafés, competindo aos respectivos proprietários exigir consumo obrigatório: uma mija de pé um café, uma defecção um galão. Quem tiver diarreia deve levar a carteira cheia.
            Depois digam os ingratos que não há estratégias.


Mário Cobra

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