APRESENTAÇÃO

“A TERRA DE QUE A GENTE GOSTA” é expressão que nos agrada. É sentida e é profunda, e é adotada como a ideia força de “TomarOpinião”.

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Queremos, portanto, estimular o debate, de temas e de ideias, porque acreditamos que dele podem resultar dinâmicas de cidadania, que alicercem mudanças que por certo todos aspiramos.

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domingo, 17 de julho de 2016

O "CRIME" DA CHINFRINEIRA

Mário Cobra

Há crimes globais, assassinatos. Há dias a esta parte os noticiários televisivos não falam de outra coisa. Até já declinaram as feéricas festas relativas à vitória da selecção nacional.
Há “crimes” nacionais, sejam políticos, sejam financeiros. Seja a situação das instituições bancárias, seja o “festival da sanção europeia ”. Pois, estas questões não cabem numa simples e ligeira crónica. Mais ainda por causa do calor.
Há “crimes” regionais e locais. Exemplo de “crime” regional, quem conhece a situação do caos na urgência do Hospital de Abrantes deve qualificar de atentado à saúde dos cidadãos enfiarem naquela confusão mais uma urgência do serviço de cardiologia. Este será um “crime” pouco saudável para quantos necessitem de recorrer à urgência do Hospital de Abrantes, onde o comum do cidadão acaba por cair, penando tormentas.
“Crime” local de lesa turismo. Tanto quanto foi tornado público, face às reclamações, em especial da gerência do Hotel dos Templários, porque no ano passado a prolongada chinfrineira da festa da cerveja terá atingido foros de fazer perder a paciência a um surdo, o executivo assumiu que este ano o arraial se realizava no mercado municipal, evitando assim molestar os clientes do hotel. Imagine-se quantos decidam vir passar um fim-de-semana a Tomar, no hotel junto ao rio, paisagem idílica (assim seria se fosse) jardins floridos (escrevemos floridos embora soe a vernáculo semelhante). Pois, imagine-se os turistas confrontos com um arraial à cabeceira, tortuosa marca de receber os visitantes. Tanto quanto nos apercebemos, não foi tornada pública a razão do executivo ter retrocedido na intenção assumida, mas deduzimos que os organizadores da festa se tenham recusado a realizar o evento no espaço do mercado. Daí o executivo tenha optado pela solução “Haja festa. Se lixem os turistas. O povinho quer é festas e mais festinhas”. Em nossa modesta opinião, o local certo da realização da festa seria na Praça da República, durante toda a semana, dia e noite, ficando assim o executivo a saber quanto custa gramar o frete.
“Crime” de confundir o género humano com o Manuel Germano será a proposta da câmara ao ministro da Cultura no sentido de se engendrar uma gestão partilhada no caso do Convento de Cristo. Ou seja, um executivo que não consegue sequer resolver questões bem mais simples como seja a limpeza da cidade e do concelho, entende-se capaz de co-gerir o Convento de Cristo. Salvo se a proposta do executivo for no sentido do Ministério assegurar as despesas correntes e os investimentos cabendo à câmara municipal arrecadar as receitas das entradas. Assim vai fazer o executivo na caça à verba ao propor taxar o estacionamento em quase toda a cidade, pelo informado sem atender sequer a uma prática comum de permitir estacionamento aos moradores.
Em termo de receitas à má fila, propomos, por exemplo, a câmara iniciar a cobrança de bilhete de acesso a quem recorrer aos seus serviço, a quem quiser ir ao mercado municipal, a quem quiser entrar nos cemitérios, incluindo os que vão no caixão.
Mais havendo para dizer, fica a sugestão de que os órgãos de comunicação, blogues e quejandos abram uma secção com o título “Crimes urbanos, mazelas rurais”.
Que não lhes doa o teclado.
Outra sugestão, que a câmara promova, em Agosto, a grande festa dos tomates, coisa que por cá em termos autárquicos vai faltando cada vez mais.
Já agora, muita intenção dita popular pode induzir determinado tipo de cheirinho a prevaricação. Caso deste respigo de notícia - "O pátio das cantigas" e "O leão da Estrela" somaram mais de 805 mil espectadores e cerca de quatro milhões de euros. Exemplo de como o mau gosto pode ser compensado, assim dizem os críticos, os maus da fita.
Há sempre também uns maus da festa, ditos politicamente incorrectos, a lamentarem-se das inquinadas repercussões.


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