Mário Cobra
Em tempo de calor, turismo em frenesim, a autarquia tomarense muito se esforça por receber os visitantes de forma galharda mas uns tantos residentes parecem não compreender. Dever ser da brasa que até assa canas (há sacanas).
Graças as aspersores dos jardins dirigidos para a via pública, os visitantes são presenteados com um banho absolutamente gratuito. Faltará apenas o aviso aos incautos “Venham visitar Tomar trajando calção de banho”.
Outra motivação será o executivo, com base em estratégias de executivos anteriores, poder receber os visitantes em parque de estacionamento subterrâneo cuja construção terá sido a mais cara do mundo. Isso sim, é obra. Nas traseiras dos Paços do Concelho.
Nos próximos fins-de-semana alargados, os visitantes que pernoitem no hotel serão presenteados com música popular motivadora de uma noite romântica. Imaginamos um casal na cama ardente embalado pela música de Quim Barreiros “Eu gosto de mamar nas tetas da cabritinha”, ou “Vamos brindar, vamos beber, quem faz 69 nunca mais vai esquecer”.
Há dias, domingo quente, visitantes deglutindo o almoço, encostados à espécie de rede que circunda o encerrado parque infantil na zona desportiva. Pessoal sentado nas geleiras. Inconveniente de qualquer geleira aquecer com o bafo do rabo. Outrora existiam ali mesas onde os excursionistas podiam embutir o pitéu. Ora, por falta de mesas, o executivo podia impedir que os visitantes carregados de farnéis ali comessem. Nada disso, no sentido de bem receber, a autarquia permite que os excursionistas comam no chão, de borla. Claro que o povo podia abancar à sombra, na relva, mas desconhecem que só o podem fazer caso se identifiquem como uma excursão templária. Só as festas templárias podem espezinhar a relva porque são a marca turística deste executivo. Não se sabe onde os arautos foram descobrir que D. Gualdim Pais era paladino de festas e romarias mas lá terão os seus investigadores.
Por outro lado, se os Templários vestem capa, este executivo entendeu estrategicamente vestir a cidade de capim. Assim se pode ler no inconformado “Tomar a dinteira3”.
- Na outrora bem cuidada Várzea Grande, frente ao Palácio da Justiça e no caminho de quem chega a Tomar pelos transportes públicos, temos o padrão, cuja base está tipo terreno baldio abandonado. (Conforme foto de “Tomar a dianteira)
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