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segunda-feira, 9 de maio de 2016

O TRANSITO - REDACÇÃO DE OUTRO TEMPO (Despachos n. 17 a 22/2016 da senhora Câmara de Tomar)


António Lourenço dos Santos

Há diversas formas e modalidades de transito.
Do lado dos sentidos do transito, há o horizontal e o vertical, e o ascendente e o descendente. Há também o sentido obrigatório e o sentido único, para lá do trânsito nos 2 sentidos. E há também o sentido proibido, que vigora quando não é permitido transitar.
Do lado dos veículos, há o transito de carroças, o de comboios, o de aviões, o de automóveis, o de camionetas e o de barcos. Nestes há o transito fluvial e o transito marítimo. O primeiro destina-se normalmente a transportar passageiros, e no segundo o que se transporta mais é carga. Também há o transito de bicicletas, mas tem menos importância que os outros. Nuns paga-se bilhete, noutros não, sejam privados, sejam públicos.
De um outro lado, está a ganhar vigor o trânsito de pessoas, na câmara municipal.
Este transito de pessoas conhece-se com antecedência porque precisa de autorização, que é um despacho assinado pelo presidente da câmara. Tem aspectos particulares que o caracterizam e o fazem diferente dos outros. A principal, é que a este transito, humano digamos assim, dificilmente se lhe percebem os fundamentos nem se lhe vê a racionalidade, quer dizer, faltam-lhe os critérios, públicos e transparentes. Pelo menos, é com critérios assim que convém pautar as decisões de uma camara, que é coisa publica e de todos nós. Pensamos nós… 
No inicio dos mandatos e quando muda o partido vencedor, algumas pessoas são logo convocadas para transitar, em sentido único e descendente, e são estacionadas numa prateleira. Para, entretanto, reparar o motor e melhorar as “performances” do conjunto, dizem habitualmente as senhoras câmaras. Também há aquelas que dizem que as prateleiras servem para os seus ocupantes realizar tarefas especiais, embora seja muito difícil de perceber a utilidade dessas tarefas, e quais são…é o caso da Camara de Tomar.
Numa segunda fase, é inaugurado o transito de sentido único ascendente. Este é que é importante. Para incorporar este transito, as pessoas mudam de via e de categoria, sempre no sentido vertical e ascendente. Mas continuam com o mesmo motor, a mesma velocidade, e o mesmo percurso, embora mudem de categoria e de proveitos. Mais tarde, as portagens na nova via serão pagas, eventualmente em espécie, no final do percurso, coincidente mais ou menos com a chegada a uma meta com um cartaz a anunciar eleições...
Finalmente, a Cidade continua em ponto morto, porque a senhora câmara nem sequer sabe como fazer arrancar e funcionar o motor. Para a desgraça de amanhã, e do futuro de todos. 

  

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