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quinta-feira, 26 de maio de 2016

CENTRO HISTÓRICO DE TOMAR SEM TRÂNSITO? SIM OU NÃO?

  Carlos Carvalheiro

Para ir direito ao assunto, o que eu acho é que não devia ser permitido o trânsito de carros no Centro Histórico de Tomar, a exemplo do que acontece na Corredoura.

Tenho consciência que este assunto não é consensual, ainda hoje muita gente acha que foi uma má opção fechar a Corredoura ao trânsito, mas compare-se a rua Infantaria 15 com a rua Silva Magalhães, vai uma para a esquerda e vai outra para a direita no topo da Corredoura (porque raio lhe chamaram Serpa Pinto é que eu gostava de saber…).

Ambas tinham trânsito, até que a rua Silva Magalhães levou empedrado novo, ao tempo da Câmara Paiva, que foi também, por sinal, quem fechou a Corredoura ao trânsito. As esplanadas florescendo, as casas comerciais abrindo e a rua ganhou gente que passa devagar, como que a passear. A rua Infantaria 15 continua com o trânsito a passar, os minusculos passeios obrigam os carros a fazerem gincanas quando se cruzam com os peões e a fazer manobras dificeis quando entram pelas ruas perpendiculares, há várias casas comerciais, e das grandes, fechadas e as pessoas passam com pressa de sair da rua.

Bom mas opiniões são opiniões e cada qual tem direito à sua e aquilo que me levou a falar sobre o assunto foi a lembrança de uma iniciativa com uma certa piada que foi promovida quando eu fui presidente da Nabantina: o “Tribunal da Nabantina”. O conceito era simples: identificava-se um assunto polémico, arranjavam-se “advogados” que defendessem cada um dos pontos de vista, convidavam-se pessoas para fazerem de “júri” e dava-se o papel de “juiz” a uma figura de “peso”.

Na primeira (e única) vez que o “Tribunal” nabantino se reuniu, pelo início dos anos 90, o “juiz” foi Manuel Machado, advogado muito conhecido em Tomar a que se juntava o seu gosto pelo teatro (que não foi dispiciendo numa iniciativa do género) e o assunto em discussão era “Fechar a Corredoura ao trânsito: Sim ou Não?”

O resultado foi um empate. Coisa que veio a ser levada a peito pela Câmara da altura: empatou o fecho da Corredoura até ao fim do mandato.

Mas uma dúvida persistiu no meu espírito: se o Sim ganhasse, teria a iniciativa civil conseguido apressar o fecho da Corredoura?

E se se organizasse outro “Tribunal Nabantino” para deliberar sobre “Fechar o Centro Histórico de Tomar ao trânsito: Sim ou Não?”

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