Em pleno seculo XXI, vivemos uma autêntica “enxurrada” de informações, que nos permite dizer que a notícia que aconteceu há 5 minutos, já é passado. Atualmente, a nossa vivência é de facto um frenesim. Vivemos tempos onde a superficialidade e a constante informação, torna o mundo mais leviano e lhe confere constante mutação. É um autêntico frenesim!
O frenesim do desporto. A intensidade, a frenética que vemos e vivemos no futebol, torna este desporto um centro nevrálgico de uma constante e consequente informação. Tomemos como o exemplo, o caso da seleção nacional. Ao ligarmos o televisor, os constantes diretos, de treinos, de passeios dos jogadores, de microfones a irem parar ao rio, o esmiuçar de posturas, de comportamentos, de afirmações, tudo é escrutinado.
No consumo. Basta entrar num centro comercial, e deparamos com o frenesim de gente. O “circo” está montado! As autênticas campanhas de consumo montadas pelas marcas têm como objetivo submergir as pessoas, induzir o comprar só por comprar, num frenesim por vezes diabólico. Outros exemplos, nos hipermercados, as promoções, os descontos em cartão, no combustível, no pague 2 e leve 3, tudo torna a política de consumo frenética.
Nas nossas vidas. Hoje em dia, é com alguma certa ironia, que vejo algumas pessoas a chamarem-se “irmãos” e “irmãs”, com uma facilidade incrível, sendo apenas pessoas amigas. É um sinal dos nossos tempos, uma espécie de moda, que é mais utilizada pelos mais novos, mas que gente mais crescida - também gosta de exibir. Não condeno, de todo. Apenas acho que uma palavra que tem tanta profundidade - não deve ser misturada com amizade. Podem acusar-me de retrógrado, mas misturar este tipo de coisas não é coisa que deva ser feito. Tenho grandes amigos, a quem poderia chamar de “irmãos” mas prefiro que eles continuem a ser grandes amigos e presentes na minha vida, do que “irmãos”. A frenética deste juízo que faço, está na constante mutação de amizade, de relacionamento entre as pessoas sejam pessoal ou até mesmo profissional, mas que de um momento para o outro desaba. A frenética de sentimentos seja de que maneira for é por vezes tão pequena, que ao mínimo tremor, tudo desaba. Deixam de ser “irmãos”, para se zangarem como “comadres”.
E como não podia deixar ser, um campo onde a frenética tem sido total, a política. O espelho do que é um político frenético: o Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa. É um autêntico frenesim a sua agenda política. De facto, tenho de deixar uma nota positiva ao seu trabalho inicial, digno de um verdadeiro chefe de estado. A sua postura tem sido muito interventiva, talvez um pouco de moderação não seria mau é verdade, mas a postura verdadeiramente institucional - de representante máximo do Estado é salutar.
O Governo Português é outro tipo de frenesim, mas diferente da postura da Presidência da República. Com uma certa “arte geringonça”, o nosso primeiro-ministro vai ultrapassando obstáculos e sobrevivendo. A sobrevivência passa pela satisfação de necessidades que a esquerda gostaria de realizar. Com apresentação de algumas propostas que apenas são como “boias de salvação” deste governo. Resta esperar as consequências de algumas medidas tão rapidamente aprovadas, não arriscamos a ter novamente uma frenética de eleições legislativas.
No poder local o frenesim é muito baixo, quase nulo, apresentando esporadicamente alguns picos frenéticos. No entanto, Tomar vive um frenesim negativo. O frenesim político negativo, que torna a nossa terra numa terra sem solução à vista. O concelho de Tomar podia ser um autêntico frenesim positivo, e com um progresso fantástico. Ao invés, a pseudo-frenética que nestes últimos 3 anos se viveu em Tomar, traz uma perspetiva pouca animadora. Contudo, esperemos que o frenesim político tomarense, se torne diferente e com uma perspetiva política frenética…positiva e bem preparada.
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