APRESENTAÇÃO

“A TERRA DE QUE A GENTE GOSTA” é expressão que nos agrada. É sentida e é profunda, e é adotada como a ideia força de “TomarOpinião”.

Pretendemos oferecer críticas construtivas e diversificadas sobre os valores, as coisas e as atualidades da nossa terra, e não só. Pretendemos criar um elemento despertador de consciências e de iniciativas de cidadania, e constituir uma referência na abordagem descomprometida desses valores, dessas coisas e dessas atualidades.

Queremos, portanto, estimular o debate, de temas e de ideias, porque acreditamos que dele podem resultar dinâmicas de cidadania, que alicercem mudanças que por certo todos aspiramos.

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segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

JARDIM E PARAÍSO

António Alexandre

Das coisas agradáveis da vida uma será um passeio num bom jardim, isso também porque desde muito novos somos estimulados entre o bom e o mau, entre o inferno e o paraíso e um jardim bem arranjado é por norma, local agradável e que nos estimula as nossas melhores sensações.
Mesmo que em certos momentos distraídos e ocupados, com muitas das coisas ao longo da vida, inevitavelmente o jardim ou os jardins da nossa memoria, estimulam a vontade de os revisitar e usufruir. A mata dos sete montes é lugar mítico de gerações, que por lá andaram em novos e que frequentemente são objecto das mais variadas conversas.
Talvez porque mesmo sem o admitirmos, andamos sempre na procura do que de mais fácil e próximo, se aproxime do paraíso.
Dizer que a Madeira é um jardim, é um clássico, pois ao longo dos anos a ilha conquistou e afirmou essa marca.
Também em Tomar a minha geração, ficou sempre agarrada a esta nossa particularidade de termos uma cidade ao tempo jardim, atravessada por um rio e espaços invulgares como o mouchão a várzea pequena, a mata e o convento, mais tarde o jardim da Praceta Raul Lopes e a Alameda Um de Março.
Tem assim a cidade de Tomar, espaços verdes e rio, que acrescentam ao seu património construído e histórico, potencialidades que muitos que nos visitam ainda enaltecem e que alguns como eu, com memoria, entendemos ser mais uma das nossas riquezas desaproveitadas e algumas das vezes até desprezadas.
Nesta questão dos jardins e a propósito, lembro-me de quando andei mais embrenhado na politica, curiosamente quando António Guterres ganhou as suas primeiras eleições, de um deputado e depois ministro com que eu me dava, me ter dito em Lisboa no Castelo de São Jorge, que na politica temos de todos os dias regar três canteiros, o do partido, do grupo de amigos e o nosso próprio, pois só assim dizia ele nós podemos ter sucesso.
Isto vem a “talho de foice”, ou seja, a propósito de que para o sucesso de Tomar, existem vários espaços que hoje se podem considerar verdes na cidade, a necessitar de uma outra atenção e aproveitamento, sejam os que eu antes destaquei, ou mesmo o mais novo espaço entre a igreja de Santa Maria dos Olivais e as margens do rio. Talvez isso até possa explicar, o pouco sucesso dos vários executivos camarários, ao não regarem suficientemente os canteiros de Tomar.
Tomar tinha na década de 70, uma qualidade superior em relação a muitas cidades, que perdeu nesta questão e não teve nos seus novos espaços verdes os ganhos que podia e devia ter, mais do que culpar e perder tempo com lamurias, é necessário fazer mais e melhor, pois a culpa é de todos no passado e a solução está nos que no futuro se empenhem em fazer mais e melhor.
É assim tempo de em Tomar de se dar uma outra atenção aos nossos jardins, aproveitando melhor as nossas potencialidades nesta matéria, não só acrescentando valor à nossa cidade, aumentado a qualidade de vida dos que cá vivem, mas aumentado o nosso potencial turístico e fazendo igualmente uma aproximação ao paraíso.

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