APRESENTAÇÃO

“A TERRA DE QUE A GENTE GOSTA” é expressão que nos agrada. É sentida e é profunda, e é adotada como a ideia força de “TomarOpinião”.

Pretendemos oferecer críticas construtivas e diversificadas sobre os valores, as coisas e as atualidades da nossa terra, e não só. Pretendemos criar um elemento despertador de consciências e de iniciativas de cidadania, e constituir uma referência na abordagem descomprometida desses valores, dessas coisas e dessas atualidades.

Queremos, portanto, estimular o debate, de temas e de ideias, porque acreditamos que dele podem resultar dinâmicas de cidadania, que alicercem mudanças que por certo todos aspiramos.

“TomarOpinião” será um blogue de artigos de opinião e um espaço de expressão livre e responsável, diversificada e ampla.

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domingo, 11 de setembro de 2016

PATRIMÓNIOS...DE CÁ

António Lourenço dos Santos

Património é muito, mas também pode ser nada.
Património é legado e é herança. E é obra permanente de vida. Património é material, é imaterial, e é humano.
Temos de tudo em Tomar. Pouco estamos a aproveitar, muito a desperdiçar.
Porquê, vá-se lá saber.
Será por falta visão e falta de liderança? Há quem diga que sim. Eu também.
Visão para propor o Rumo e para preparar o Futuro, liderança para conduzir nessa direção. E para agir quando é necessário corrigir rotas ou mudar destinos.
Em qualquer circunstancia, em qualquer caso, o património humano é e será sempre o mais importante. Podemos deter as maiores riquezas e as maiores promessas. Mas se não houver quem imprima rumos, quem trace as bissetrizes, quem afirme por onde, quando e como, e quem as valorize e afirme, pouco ou nada será feito.
E pode vir isto a propósito da situação de uma componente decisiva do nosso património coletivo, que é o Instituto Politécnico.
Noticia de ontem, dá conta de mais uma época de resultados (muito) preocupantes no que toca a preenchimento de vagas disponíveis. Na primeira fase, menos de 1/3 de preenchimento (31%), que contrasta com a percentagem equivalente a nível nacional (85%). Mesmo que se sigam repescagens de “linhas atrasadas”, a situação pode receber algum conforto, mas está muito longe de ser brilhante...
Sugere-nos 2 comentários.
O primeiro tem a ver com a delapidação do Património material e imaterial que é o IPT para Tomar. Património porque é, ou pode ser, alfobre de formação de gerações e de fixação de vocações, como já foi o prestigiado CNA; porque poderia ser Centro de investigação e de produção de conhecimentos que valorizasse outros patrimónios que nos pertencem. Património, pelo que representa de polo dinamizador para a economia da Cidade. Delapidação, porque está consecutivamente a perder posições, a perder cursos e oportunidades, porque parece estar a perder conhecimento e vitalidade.
O segundo tem a ver com o desgaste do Património humano que está a acontecer. Ano após ano, desde há alguns anos, baixa ou estagna o numero de candidatos e continua a existir oferta de cursos que ficam vazios. Abandonam Professores e sai conhecimento. Parece, parece repito, que algo devia ser feito para alterar este estado de coisas, que ilustra também o caso de um rumo que carece de ajustamento. A continuar assim, onde vai parar o Instituto?


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